Conheça alguns fatos históricos (e bizarros) sobre o gin

Conheça alguns fatos históricos (e bizarros) sobre o gin

CocktailTime

Não é novidade para os companheiros da Bardo que o gin é uma bebida muito querida, seja no Brasil ou no exterior, mas, você sabe como esta bebida surgiu? E as curiosidades históricas? Se a resposta ainda for não, vem comigo que eu te explico.

Gin: remédio ou bebida?

O gin inicialmente surgiu na tentativa do pesquisador holândes Francisco de la Boie (e também médico) de fabricar uma substância que auxiliasse os pacientes a combater os seus problemas relativos aos rins.

Para tal empreitada, o especialista utilizou algumas bagas de zimbro, uma plantinha medicinal extremamente comum na Europa, no início bastou adicionar estas bagas ao álcool de cereais (lembrando que no território europeu, os cereais mais cultivados são: o trigo [ganhando disparado dos demais], o milho e a cevada).

Com o processo de destilação da época era simples (basicamente o material deveria ser levado à ebulição até o momento que os vapores iriam se condensar em uma superfície fria) — estamos falando de meados de 1650 — é fácil assimilar como foi que a bebida se tornou tão popular.

Essa mistura inusitada acabou levando a uma bebida de gosto seco, marcante e relativamente leve, que atendeu (ao menos em partes) as expectativas do seu criador, sendo levada até mesmo para fora da Holanda, passando por várias regiões na Europa até chegar na Inglaterra, onde estourou.

Em pleno contexto de guerra, assim como uma de suas primas (a vodka), o gin acabou por cair no gosto popular, tinha alguns usos medicinais, era barato e aquecia os soldados e os cidadãos em tempos de frio nas trincheiras.

Gin Craze: a crise na Inglaterra que envolveu o gin

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De acordo com um artigo do Clube do Barman, durante o século XVII e início do XVIII, o gin invadiu as ruas boêmias da Inglaterra, tomando o lugar do brandy, uma bebida que também era muito popular na época.

Como sabemos, a Europa como um todo é marcada por conflitos políticos e uma região tão importante como a Inglaterra, isso não seria diferente. Devido às baixas temperaturas características da região, as bebidas mais baratas e que aqueciam o corpo, eram muito consumidas pelas classes mais baixas.

Os embates entre Inglaterra e França alteraram diretamente essas lógicas de compra dentro dos subúrbios, as tensões relativas às taxas de bebidas como brandy e cerveja foram levadas às alturas, enquanto bebidas como o gin eram barateadas, tanto no seu processo produtivo, como em seu produto final.

Esta flexibilização na lei acabou por gerar uma onda de fábricas “clandestinas” de gin, dizemos clandestinas, porque era comum serem encontradas na época, bebidas que não eram feitas de zimbro, mas que seguiam o mesmo processo de destilação e por isso eram chamadas de gin.

A falta de políticas públicas relativas ao consumo do álcool culminou em um estado de mal-estar social, já que grande parte da sua população acabou por virar alcoólatra, consumindo bebidas de qualidade duvidosa mas, que estavam muito em conta.

O caos social tinha se instalado, o artista e chargista inglês William Hogart, como forma de representar o cenário em que vivia criou a ilustração Gin Lane (faixa do gin, em tradução literal, algo como a rua onde havia o maior consumo da bebida). 

Nela diversos agentes sociais, como: cuidadoras domésticas; alunos; mendigos; barbeiros; bêbados; etc, agiam pelo caos ao bom estilo da publicidade europeia da época (as ilustrações são no mínimo bizarras, mas, se quiser pode acessá-las por aqui)

Diante desta crise, o Parlamento Inglês (em 1729) acabou por decretar uma série de atos parlamentares que visavam: uma taxação mais adequada dos preços; a diminuição no consumo da bebida; e uma melhor qualidade dos ingredientes. 

Estes atos continuaram sendo publicados até meados de 1757, período em que houve escassez de grãos e que o governo aproveitou para proibir a fabricação de bebidas alcoólicas dentro do território inglês. Assim a bebida só voltou na época vitoriana, mais de 80 anos desta crise.

Que tal conhecer um pouco mais sobre as bebidas da Bardo Company?

Ufa, ainda bem que tudo isto já passou, não é mesmo? Hoje em dia a fabricação de gin é regulamentada por órgãos e equipes bem competentes e nossas políticas de prevenção aos vícios também se tornaram muito mais efetivas e educativas.

Inclusive, reafirmamos que a Bardo propaga uma relação prazerosa com as bebidas alcoólicas, aqui valorizamos experiências transformadoras, com boas companhias, bons sabores e trabalhamos para que nenhuma gota seja desperdiçada com vivências desagradáveis.

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